sábado, 14 de abril de 2012

título da postagem

                    
Gosto da sensação de voltar pra casa depois de um dia de trabalho, sentar na janela do ônibus e sentir o vento da noite bater em mim, ver as luzes lá fora e ver o trânsito enorme, cada carro com sua lanterna vermelha, cada pessoa passando a catraca do ônibus, o barulho do trem passando rapidamente na estação, aquela sensação de frio, mas com preguiça de pegar a blusa, a sensação de dor, mas parece que meus nervos sensitivos não querem avisar o meu sistema nervoso central que está doendo, parece que fui anestesiada e que essas feridas não doem mais.A verdade mesmo que é eu não ligo mais.
Quando tu se machuca dizem que o necessário é comer tudo que tem ácido ascórbico (vitamina c) para se curar mais rápido, mas e quando é ferida de amor? Tem algum remédio pra curar? Tem algum fármaco avançado para poder trazer paz? 
Ás vezes quando vejo uma guria com o rosto vermelhinho, porque o namorado levou rosas pra ela no emprego ou quando eu vejo uma guria chorando porque o namorado se ajoelhou no meio da estação só pra pedir ela em casamento, eu me pergunto: "isso vai acontecer comigo?", será que existe mesmo isso tudo? Ou será que o amor é apenas um privilégio para poucos?
Sinto que sempre vai ser só eu para cuidar de mim, para lembrar de fazer as coisas, para me acordar todos dias, para preparar meu café da manhã, para almoçar com as paredes, para me auto esforçar, para ir até o shopping e comprar uma rosa pra mim mesma, para rir sozinha das lembranças e piadas contadas, porque sempre foi só eu e eu e isso não vai mudar, porque eu sei que o amor não existe e eu descobri da pior forma.

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