domingo, 19 de maio de 2013

Interpessoal ou pessoal

Sentei na mesa da copa do trabalho, arranquei o jaleco e senti frio, afinal quando vou para o trabalho eu tiro todas as blusas e coloco o jaleco. Ok. Abri o armário e peguei uma caneca qualquer, passei uma água e enchi de café e sai da copa com o avental nas mãos. Conferi se todas as minhas coisas estavam nos bolsos do jaleco e estavam. Ok. Passei pela recepção, todos me olhando, cerca de 20 pacientes me encarando e pensando: "Esses funcionários públicos não fazem nada". E eu segui até encontrar uma árvore e me sentei embaixo dela e fiquei sentindo o vento no rosto e com os olhos fechados bebi aos poucos o café amargo que algum bom coração fez durante o plantão. E foi então que eu comecei a pensar...
Eu me ferrei, me ferrei com todas as letras e palavras e dizeres que alguém pode oferecer. Eu achei que pular o fogo fosse uma tarefa fácil, mas nunca foi pra alguém que não sabe brincar e disso eu posso garantir que não dá pra tirar boas memórias.
Eu fico me perguntando como as pessoas conseguem amar tão facilmente? Como conseguem se entregar sem medo de se ferirem e sofrer? Como podem se permitirem a sentir algo tão feio e sem graça que te faz sofrer muito. 
Eu não posso mentir, mas tenho muito medo disso, sim! Eu morro de medo de me apaixonar. Não tenho medo de nada, me dedico ao máximo todos os dias, estudo muito até mais da conta, trabalho, cumpro metas e faço de tudo para que as coisas fiquem no trilho. Mas por trás de tudo isso eu escondo um coração amargurado e muito cismado. Eu sei que é algo pessoal e não interpessoal, mas preciso dizer que falar eu te amo mexe com todo meu sistema nervoso.

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