quarta-feira, 7 de março de 2012

You can't replace it...

Já fazem dois anos que terminei o ensino médio, acho que já faz um pouquinho mais e nesse espaço de tempo eu nem senti falta de nada, do lugar e nem muita falta das pessoas, mas nessa semana eu estava passando por perto, aliás eu passo sempre por perto bem cedinho antes da entrada de alunos, para ir à faculdade e fiquei olhando pela janelinha do mêtro lotado, nossa nunca fiquei com tanta nostalgia daquele lugar, vi aquela ponte sendo construída, vi minha escola se alterando conforme os engenheiros iam desviando as ruas, a avenida Salim sendo modificada, vi o inferno azul (como era seu apelido desde os tempos remotos) se alterando, o sesc belenzinho sendo construído tijolo a tijolo. 
As pessoas  foram indo e vindo, assim como eu que fui e nunca mais voltei, aliás voltei para buscar um milhão de papéis para a universidade, mas depois ela ficou na memória, suas paredes azuis gritantes, nossas peças de teatro, nossas memórias coladas e as nossas fotos deixadas penduradas como lembrança da turma formanda daquele ano. 
Não vou mentir, a escola técnica que eu estudava durante as tardes junto com o ensino médio era muito mais importante naquele tempo, porque estava fazendo algo que curtia, mas hoje percebo o quanto o tal inferno azul foi importante, até porque sem ele não entraria na etec, foi importante para a construção dos meus amigos, da minha maturidade, para a minhas amizades da época, enfim sinto falta dos amigos bons, me sinto triste por saber que aquele colega de classe faleceu, mas fico feliz por saber que outros noivaram, tiveram filhos, começaram a trabalhar, estudar, que uns foram morar em outros países, que alguns simplesmente continuaram a mesma coisa e tudo mais.
Cada memória será guardada e sempre irei passar em frente daquele lugar e vou poder dizer, como sempre digo: eu estudei ali.

"Eu encontrei a foto do amigo que eu estava procurando
É difícil de dizer, é hora de dizer
Adeus, Adeus(...)"
Ultima música que ouvi antes de me virar e ir embora para sempre do segundo andar. 
Em memória das nossas memórias perdidas. Adeus!

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